A Praça nunca teve um espaço físico. Era a minha, a da sua freguesia, vila ou cidade. Para uns a Praça tinha um chafariz, para outros uma estátua e para muitos apenas uma placa toponímica que batizava aquele espaço mais largo como “Praça…”. Como nunca teve nome, a Praça fazia sentido quando estava acompanhada pelo café. Porque é neste comportamento tão português, que muitos dos nossos dias são passados: em cafés a conversar. O “Café na Praça” nasceu nas folhas do jornal AltoMinho, mas passa agora para as páginas virtuais. Os 148 cafés que publiquei no jornal nunca os disponibilizei on-line, pois eram produzidos para serem lidos no jornal, onde muitas vezes a própria edição enquadrava melhor a opinião. Para mim não fazia sentido replicar o Café fora do jornal. Agora, neste novo espaço, a ideia mantém-se e apenas nesta Praça irei publicar as palavras, sabendo, porém, que estarei mais exposto à partilha, à leitura, à crítica. Por isso, esclareço já algumas ideias. Este Café na Praça não tem periodicidade definida e é apenas da minha responsabilidade. No distrito verifica-se uma escassez de espaços que potenciem a discussão. Muitas vezes as opiniões não têm espaço ou são condicionadas. Esta Praça está aberta a quem nela quiser entrar, para conversar e partilhar ideias, seja em forma de comentário ou através de textos assinados, que a seu tempo podem tornar-se tão habituais como beber um café…