[162] A ver passar comboios e conventos

1. A 25 de abril de 2021 a Linha do Minho entra finalmente no século XXI. Depois do desaforo do ramal de Braga ter passado a principal, no pré Euro2004, quase 20 anos depois fica reposta alguma importância no que ao transporte ferroviário diz respeito entre Campanhã a Valença. 

Recorde-se que entre o futebol e o desenvolvimento económico e social do Norte do país, preferiu-se o futebol. Entre facilitar a ligação do porto de Leixões e Viana com Pontevedra e Corunha por meio ferroviário, preferiu-se levar adeptos a Braga e Guimarães. 

Muitas coisas podem justificar a estagnação do distrito de Viana do Castelo em detrimento do vizinho. A ligação ferroviária e o futebol serviram e servem para compreender e aferir as diferentes “velocidades” de desenvolvimento do Minho.

2. Nalgum momento, durante o ano, alguém se lembra do convento de São Francisco do Monte. Como no verão, quando muitos se queixam das áreas por limpar na floresta. A legislação criada depois da tragédia de Pedrogão tem ajudado a minorar o problema da limpeza florestal. Será necessário uma tragédia para que os proprietários de imóveis devolutos arranjem uma solução? Quantos mais quadros comunitários e apoios europeus vai o Instituto Politécnico de Viana do Castelo deixar escapar para dar um destino ao convento de qual é proprietário há vinte anos?

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