Viana do Castelo é uma terra com histórica ligação ao mar, ao rio e às atividades associadas. Da pesca ao turismo passando pelasC mais recentes apostas nos desportos aquáticos e nas energias renováveis. Desde que o Mar voltou a merecer ter nome num ministério, a câmara municipal tem procurado aproveitar a moda, procurando e apoiando investimentos relacionados com a água.
Esta semana, a importância do mar voltou a ser realçada, com a autarquia a estimar “um investimento público e privado de 500 milhões de euros e a criação de mil postos de trabalho na próxima década com a agenda da economia do mar”. O autor da estimativa é o presidente em final de mandato José Maria Costa, falando numa conferência de imprensa realizada por videoconferência para anunciar o início da elaboração da Agenda “Viana do Castelo-Retoma através do Mar”.
José Maria Costa apontou alguns exemplos como o “investimento no centro de inovação e valorização do território, um interface entre as universidades e as empresas, a ampliação da aposta nas energias renováveis oceânicas, na construção e reparação naval, pesca, na aquacultura, terminal de cruzeiros e desportos náuticos”.
A Agenda “Viana do Castelo-Retoma através do Mar” vai ter “uma forte componente participativa e técnica para que o documento seja robusto”.
Para a elaboração desse documento a autarquia deveria entrar em contacto com a Universidade do Minho, que na semana passada chegou a acordo com a câmara municipal de Esposende para a instalação do Instituto Multidisciplinar de Ciência e Tecnologia Marinha, na Estação Radionaval de Apúlia.
Depois de “perder” um pólo aquando da abertura da Universidade, Viana do Castelo volta a meter água, e logo numa área com histórica ligação. Sobra tentar o que Daniel Campelo recentemente escreveu: a fusão do IPVC com a UM. Viana continua a ser o palco ideal para a investigação e estudo das tecnologias relacionadas com a indústria pesqueira e naval.